Imunobiológicos no Tratamento da Asma: Quando e Como Utilizar?

A asma é uma condição respiratória crônica que afeta milhões de pessoas no mundo. Apesar do controle eficaz com broncodilatadores e corticosteroides inalados na maioria dos casos, uma parcela dos pacientes continua apresentando sintomas graves e frequentes. É nesse cenário que os imunobiológicos surgem como uma solução inovadora e eficaz.

O que são imunobiológicos?

Imunobiológicos, também chamados de medicamentos biológicos, são substâncias produzidas a partir de organismos vivos que atuam de maneira direcionada no sistema imunológico. Diferentemente dos medicamentos tradicionais, eles são projetados para interferir em vias inflamatórias específicas, tornando o tratamento mais preciso e menos agressivo ao organismo.

Como os imunobiológicos atuam na asma?

Na asma grave, especialmente na forma eosinofílica ou alérgica, o sistema imunológico desencadeia uma resposta inflamatória excessiva nas vias aéreas. Os imunobiológicos bloqueiam mediadores inflamatórios-chave, como:

• Interleucina-5 (IL-5): associada ao aumento de eosinófilos.

• Imunoglobulina E (IgE): relacionada à resposta alérgica.

• Interleucinas 4 e 13: envolvidas na inflamação tipo 2.

Ao controlar esses alvos, os imunobiológicos reduzem as exacerbações, melhoram a função pulmonar e diminuem a dependência de corticosteroides sistêmicos.

Principais imunobiológicos usados no tratamento da asma

Atualmente, os imunobiológicos aprovados e amplamente utilizados incluem:

• Omalizumabe: anti-IgE, indicado para asma alérgica grave.

• Mepolizumabe, Benralizumabe, Reslizumabe: anti-IL-5, para asma eosinofílica.

• Dupilumabe: bloqueia IL-4 e IL-13, usado na asma tipo 2.

Esses medicamentos são administrados por via subcutânea, com frequência mensal ou quinzenal, e devem ser indicados por especialistas.

Quando considerar o uso de imunobiológicos?

Os imunobiológicos são indicados quando:

• O paciente apresenta asma grave, não controlada com o tratamento padrão.

• Há múltiplas exacerbações por ano, mesmo com uso adequado da medicação.

• Existe dependência de corticosteroides orais.

• Os exames indicam um fenótipo específico (eosinofílico ou alérgico).

A avaliação deve ser feita por um pneumologista ou alergista, com base em exames laboratoriais e histórico clínico.

Vantagens e considerações

Vantagens:

• Redução significativa das crises de asma.

• Menor necessidade de hospitalizações.

• Melhora da qualidade de vida.

Considerações:

• Alto custo, embora alguns estejam disponíveis pelo SUS.

• Exigem monitoramento contínuo e acompanhamento médico.

Conclusão

O uso de imunobiológicos no tratamento da asma representa um grande avanço na medicina respiratória. Para pacientes com formas graves e refratárias da doença, esses medicamentos oferecem alívio real e duradouro. No entanto, sua indicação deve ser criteriosa e individualizada.

Se você ou alguém que conhece sofre com asma grave, converse com um especialista e avalie se essa terapia pode ser a solução ideal. Continue acompanhando nosso blog para mais conteúdos sobre avanços no tratamento da asma e saúde respiratória!